terça-feira, 19 de abril de 2011

Cadê o amor que estava aqui?




A nossa vida tá lá... parada... na dela, quando de repente... uma reviravolta, algo avassalador, um sentimento que não vê barreiras, atravessa a alma, nos torna destemidos, fortes, capazes de enfrentar o mundo para viver o nosso momento tão sublime. No início tudo é tão lindo... o coração bate mais forte, mais rápido, mais feliz. No ínício do amor, todos os outros casais são bobos, ou no mínimo, amam menos... nenhum amor é tão grande quanto o nosso. Quando despertamos esse "bichinho" adormecido em nosso peito passamos a ter mais carinho pela vida, pensar mais nas pessoas. Nada nesse mundo descreve melhor o que sentimos do que os trechos das musicas de Roupa Nova e Vander Lee. Você ouve Guilherme Arantes, Fagner, até Reginaldo Rossi tá valendo quando o assunto é amor! Ahhhh... o amor é tão lindo, tão intenso... será que acaba?
Eu sou da corrente que acredita que o amor não tem fim. Mas o encantamento, sim. O encanto é a parte "limpa e cheirosa" do amor. É aquela parte que solta as borboletas na barriga da gente, que nos deixa suar frio, nos permite falar todas as bobagens do mundo. O encanto é como um cubo de gelo, se não for conservado de forma correta, derrete, perde a graça, vira apenas água. Acho que o gelo descreve bem o esplendor de uma relação. Todo mundo sabe como se faz, sabe como deve conserva-lo, tem conhecimento de como ele dissolve. Da mesma forma é a conquista, sabemos quando paramos de conquistar. O problema é que a gente esquece de conservar o gelo, acha que pode fazer outro quando quiser, ou simplesmente achamos que não precisaremos mais de gelo, afinal de contas, já conseguimos nos refrescar quando queríamos, agora, se fizer calor, podemos beber da água mesmo... o que é que tem?
A partir daí, desse momento, eu perco o amor de vista. Não sei mais onde ele está... será que se foi junto com o encanto? derreteu? entrou pelo ralo? evaporou? Onde está aquela dor no peito? Cadê os incansáveis "eu te amo"? Porque acabaram as ligações diárias, as mensagens de texto, os emails, as cartas... cadê? Onde está o amor que morava aqui, que abria portas e janelas para mostrar a todos o quão grande ele era?
Eu não entendo, não me conformo, me recuso a entender ou superar. Quero viver sem saber, não quero entender. Não me satisfaz a velha historia do tempo, do conformismo, do costume. Quero saber de amor, de saudade, de carinho, de beijos sem fim e de sonhos inacabados. Amor não tem que sumir, tem que estar, tem que ser, tem que devorar... e não pode nunca acabar.

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