segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Tem dia que nada dá certo...

Pra não dizer que tudo dá errado, é melhor dizer que nada deu certo... atrai menos “coisa ruim”. Tem gente que não acredita em azar, acha coisa de supersticioso e tal, mas, meus caros amigos, têm dias que não dá pra negar que uma nuvem escura está parada bem em cima de nós.

Aqueles dias em que acordamos tarde e perdemos o ônibus, brigamos com o chefe voltamos pra casa e o marido está dormindo no sofá enquanto as crianças destroem a casa inteira. Como diz minha amiga @linybops: “É barra!”.

E como devemos agir quando esses dias insistem em acontecer? Já vi todo tipo de recomendação: orar, ficar trancado em casa, guardar um patuá dentro da blusa, pensar em coisas boas, campos verdes... já vi de tudo. Mas, comigo, nada disso funciona.

Esses dias costumam acontecer repetidas vezes durante minha vida. E confesso que no início eu culpei um outro conhecido nosso: o carma! Achava que era o meu carma que me fazia tropeçar todos os dias, pegar o ônibus lotado, ou ser mal atendida no banco. Com o tempo eu descobri que o coitado não tinha a ver com aquela bagunça toda. Tinha vários culpados. Eu, particularmente, sempre fui responsável por, pelo menos, 80% do bom (ou mau) desempenho do meu dia. Se eu acordei tarde é por que, provavelmente dormir tarde. Se eu tivesse dormido cedo, evitaria dois problemas: perder o horário e o ônibus. Se tivesse ignorado a mocinha do banco, do supermercado e do restaurante, talvez meu dia ficasse melhor.

Certo, concordo com tudo isso, mas, temos que confessar que nem tudo está ao nosso alcance. Esse papo de que “quem quer pode tudo” pra mim é inspirador e tal, mas não cola. Podemos nos esforçar para ter tudo, mas não quer dizer, necessariamente, que teremos.

Tem coisa que está fora do nosso alcance, da nossa alçada, do nosso querer, coisas que dependem do tempo, de Deus ou de outras pessoas. Tem gente que poderia quebrar o nosso galho, né?

As vezes, quando eu topo com gente assim, tenho vontade de dizer: “Ei, mocinha! Quebra meu galho ai, colabora com o meu dia. Me trata bem!” kkkkk... bem que eu devia fazer, mas tenho medo do que possa ouvir!

Sei que a maioria deles me contaria seus problemas e tentaria explicar tal comportamento... isso sim iria deprimir meu dia!

Eu tenho até me acostumado a dias atrapalhados e sem sorte. Acontece com todos, acontece direto. O ruim é a só a tristeza que fica no fim do dia.

Mas, como me disse uma vez um senhorzinho do picolé: “Tudo passa, fia... tudo passa!”

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A maior incógnita da vida é a morte!



Eu não penso na morte. Ou melhor, eu tento não pensar, ou pensar cada vez menos. Morrer é algo tão forte e nós tão fracos, que em um sopro perdemos a vida toda. Eu não evito pensar na minha morte, eu nem me importo muito com ela, eu não suporto mesmo é em pensar na morte das pessoas que eu amo. É egoísta, sim. E quem não é?

Pouco nos importa saber se aquela pessoa já está velha demais para viver, ou se já não vê a hora de terminar o ciclo da vida. Nós queremos mesmo é que ela esteja sempre ali, do nosso lado, que nunca vá. Tudo isso apenas para o nosso próprio benefício, para evitar a NOSSA dor, o nosso sofrimento, a falta que aquele alguém fará a NÓS!

Eu não sigo religiões, não tenho nada contra, só não acredito muito em pessoas “vendem fé”. De todas as religiões que conheço, a que mais me identifico é a Espírita. Acho que existe algo além do que vivemos hoje. Somos tão inteligentes, deu tanto trabalho para chegarmos até aqui que não seria possível que fosse apenas ISSO!

Não vejo um sentido em vivermos um curto período de setenta e poucos anos e depois, de repente, não existimos mais. Tem algo ai... não pode ser assim. È como um filme de Harry Poter, acaba, mas nunca termina, tem sempre algo pendente que terá que ser resolvido em um próximo lançamento da saga.

Mas, mesmo assim, mesmo acreditando que seremos ‘transferidos’ para outro lugar, a separação neste plano me causa medo. Medo de não ter certeza, de não saber se, de fato, eu irei rever as pessoas que amo tanto, que tanto dediquei meu amor, meu carinho. Pessoas com quem compartilhei minha vida, minhas histórias, momentos felizes, com quem dividi o meu amor, meu abraço, minha vida inteira.

Dá medo de perder, de separar, de nunca mais poder ver. A morte me dá medo. Tanto medo que penso nela todos os dias. Tenho medo de que aquele beijo que dou em minha mãe e o abraço apertado que recebo do meu pai sejam os últimos de minha vida. Medo de que as declarações de amor que recebo diariamente do meu namorado, simplesmente não existam mais. Dá medo mesmo, mas o que se há de fazer?

Minha receita é ignorar, deixar pra lá. Pensar em outra coisa assim que o pensamento me vêm. Ai você me pergunta: “e quando chegar a hora?”. Quando chegar a hora, eu vejo o que faço! Enquanto isso eu vivo, amando muito minha vida, meus amigos, minha família e o meu amor.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Como pode alguém passar por essa vida sem amar?



Fico impressionada com a quantidade de pessoas que perdem a viagem à vida simplesmente por que confundem o sublime poder do amor com a futilidade da matéria. “Ser” e “amar” são verbos que não podem ser confundidos com “ter” e “comprar”. Impressionante a quantidade de gente de confunde... ou será que fingem a troca propositalmente? É, por que o que eu mais encontro na vida é gente infeliz. A linda casa tá ali, o carro do ano e muitas vezes a conta bancária cheia, mas o coração tá vazio.
Esta semana alguém me disse que ninguém ama, que as pessoas se “acostumam” a viver com outras. (Como assim?!) acostumar a viver sem amor? Eu não conseguiria. Juro! Viver sem ter alguém para ligar e falar bobagem quando sentir saudade, sem ter alguém para me dizer, do nada, em uma fila de banco: “Estou te amando tanto!”, dormir sem pensar em ninguém, acordar sem ter com quem contar. Eu não conseguiria. Não me vejo dormindo e acordando com alguém que não me deixa com “borboletas no estômago”, que não me beija com amor ou que não me abraça como se não me encontrasse há anos.
Não consigo imaginar como alguém submete algo tão significativo como o casamento ao interesse de ter mais. Ter mais o que? Mais solidão, mais infelicidade... se deixar ser infeliz, preferir ter o coração vazio e o bolso cheio... Quais os critérios que essas pessoas tiveram ao escolher um caminho repleto de ouro e sem sentimento? E no fim? Qual será o sentido disso? De que valerá ter tantos bens quando você estiver velho e sozinho, ou quando sua saúde acabar, as pessoas se afastarem e você morrer? Será que terá valido a pena passar pela vida sem ter se deixado viver o amor? A paixão? Sem sentir de verdade alguém te amar?
Não sei, a vida é cheia de escolhas, e cheia de gente também, cada um escolhe qual caminho trilhar. Mas, a vida é um sopro. Num instante perdemos tudo e a única coisa que fica é a nossa dignidade e o amor que demos enquanto estivemos aqui.